terça-feira, 29 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009


A Marujada no Pará
Também conhecida com o nome de Bagre, Marujada é uma das mais belas manifestações religiosas do folclore paraense. Essa dança ocorre, principalmente na Primavera, por ocasião dos festejos de São Benedito e é uma espécie de quadrilha dançada em roda, com grande número de participantes. São os marujos (principalmente mulheres) no Pará que se vestem com um contrastante colorido, saias vermelhas, blusas brancas rendadas, colares e chapéus enfeitados com penas de avestruz, que traduzem, na realidade, toda a alegria e a seriedade, no cumprimento da promessa que muitos fazem, ou mesmo a descontração pelo prazer de participar de um dos mais belos eventos do calendário folclórico no Pará.

Há passos como o "retumbão",que tem um ritmo de tambor africano, ao mesmo tempo que lembra o lundu de outras regiões do Brasil, sendo mais formalística. O “chorado” também conta com o ritmo do “retumbão”, variando seus sapateados quando a dançarina escolhe seu par, momento esse em que bate mais forte seus pés no chão.
Dirigidos pela "Capitã", a Marujada dança nas ruas e nas casas, reverenciando numa homenagem simples às pessoas queridas ou destacadas do local. Dançam em duas filas, indo à frente a capitã, que carrega um bastão de madeira, enfeitado de papel, tendo na extremidade superior uma flor.
E os homens, músicos e acompanhantes também são dirigidos por um capitão. Eles se apresentam de calça e camisa branca, chapéu revestido de pano, sendo a aba virada de um dos lados.
E os instrumentos usados são: tambor grande e pequeno, cuíca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e violino.

Aqui é Aline Prates Correia, com algumas curiosidade sobre a Marujada no Pará.
Boa sorte para a gente (Y)

Marujada de São Benedito

Composição: Juni Soares e Edu Filho

Vou fazer uma canção em louvor a São Pedro
Canta, povo bragantino: bendito, oh! bendito
Quando chegar dezembro
Qual é o santo que está no andor?
É São Benedito com nosso senhor.
Marujada de São Benedito
em louvor ao protetor
vem vestindo azul ou vermelho carmim na festa
no brracão dança xote, mazurca e chorando
nos duzentos anos de luvação
mas fico mesmo encantado
quando dança retubão.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bragança é uma das cidades mais antigas do Estado do Pará, localizada na microrregião do Salgado, nordeste do Pará.

A Marujada surgiu no município de Bragança em torno de 1798 durante a festividade em homenagem a São Sebastião, nascendo de uma autorização dada a 14 escravos devotos de São Benedito, que assinaram o compromisso (estatuto) e fundaram a irmandade (Marujada).

Desde o início procurou-se ter cuidado na escolha dos instrumentos adequados para dar ritmo a esta dança, quando então os escravos adaptaram couro de animais silvestres, devidamente preparados, secados e esticados, em cada uma das extremidades dos troncos (curimbó) deixando, porém, um dos lados livres para o efeito sonoro desejado. Os tambores eram ouvidos de muito longe e segundo a crônica da época, "retumbavam". Daí porque a primeira e mais importante dança da Marujada tem o nome de Retumbão.


Filipe Oliveira de Carvalho

O que é, e sua origem !

A marujada é uma dança de origem amazonense. Faz parte do ciclo das festas jesuínas. É um dos entremeios mais apreciados durante essa época festiva no Norte e no Nordeste do País. É dançada por homens e mulheres, coletivamente.
Tomam parte na marujada: o capitão do navio, o piloto, o mar-e-guerra e o embaixador.



Indumentária:

Mulheres - blusa com aplicação de rendas brancas, saia apertada nos quadris e em baixo largas, com babados, estampado em cores vivas, florões; usam várias anáguas, cabelos soltos, muitas jóias de ouro antigo, flores de jasmim na orelha esquerda e uma rosa grande na direita.
Homens - calça branca e jaqueta. Usam chapéus de palha com copa alta, tanto mais alta quanto for a dignidade de sua posição. Todo coberto de penas coloridas e flores, entremeados de espelhos e contas, com aba curta, e na parte da nuca caem fitas de cores bem vivas.

Coreografia: a assitência forma em circulo. No centro dançam um ou mais pares. O passo é curto e rápido. Os pares dançam separados, enquanto a dama procura passar a saia por cima da cabeça do parceiro. Provoca-o com negaças. E faz uma batida rápida que lembra a espanhola. Se a dama consegue passar a saia por cima da cabeça do cavalheiro, este é substituído por outro. Se não o consegue, ela é que é substituída por outra mais dançarina. Tem dois movimentos a marujada: um, rápido, de três passos para a frente (como o samba), ligado a outro de dois passos, caindo lento para o lado como se fosse em consequência do jogo de um navio em alto mar.

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Samara Sary Eldim Campanati